Setembro Amarelo: por que é tão importante falar sobre a prevenção do suicídio?

 

Desde 2015, o Brasil acolhe o movimento “Setembro Amarelo”, que surgiu com o objetivo de dar visibilidade à temática do suicídio. De acordo com dados atualizados da Organização Mundial de saúde (OMS), mais de 800 mil pessoas já tiraram suas vidas no mundo e, no Brasil, esse número chega a 11 mil suicídios por ano, em média.

Como o suicídio é um ato evitável, a abertura ao diálogo e a compreensão das razões que levam alguém a tirar a própria vida podem reverter esse quadro. Além disso, o suicídio pode atingir pessoas de qualquer faixa etária, incluindo crianças, por isso é preciso ter atenção redobrada a qualquer mudança de comportamento.

O suicídio vem, essencialmente, de um estado depressivo, que pode ser causado por inúmeros gatilhos internos e externos. E mesmo com números cada vez mais altos, o assunto ainda é considerado um tabu para muitas pessoas.

Tendo em vista que tirar a própria vida é uma decisão extrema para fugir do que é considerado um problema sem solução, a melhor forma de evitá-lo é detectar quando a possibilidade existe e agir a tempo.

Alguns dados sobre o suicídio

A OMS afirma que o suicídio é a quarta maior causa de mortes entre os jovens de 15 a 29 anos e que o Brasil registrou aumento da taxa de mortalidade neste sentido, nos últimos anos, na ordem de 5,5%. O envenenamento ou intoxicação são os principais meios utilizados nas tentativas de suicídios, seguidos da utilização de objeto cortante e de enforcamento.

Os grupos de maior risco são pessoas tomadas por depressão e alcoolismo, que passam por crises profundas diante de situações estressantes da vida (como desemprego, perdas financeiras e de entes queridos, término de relacionamento, abusos, além de doenças e dores crônicas).

Nesse conjunto também está a população em situação de vulnerabilidade social ou que sofre discriminação, como refugiados e migrantes, indígenas, comunidade LGBTI+ e pessoas privadas da liberdade.

No Brasil, conforme dados recentes do Ministério da Saúde, a taxa de suicídios chegou a 5,8 por 100 mil habitantes em 2016. Da população em geral, os homens são os mais vulneráveis ao suicídio (9,2/100 mil). Entre as mulheres, a taxa é de 2,4/100 mil.

Falar sobre suicídio é fundamental

Pessoas de qualquer idade podem ter um bloqueio para falar sobre algo tão importante, como se abordar o assunto fosse deixá-lo em evidência na cabeça de quem está depressivo. Porém, a conversa pode abrir novas perspectivas e até alertar a outra pessoa para tomar medidas mais drásticas para solucionar a situação.

Por isso é tão importante que a sociedade como um todo, incluindo família, amigos, escola, empresa e grupos de trabalho, esteja atenta aos menores sinais, disposta e preparada para discutir o tema e encaminhar a pessoa para um tratamento que trará um novo olhar sobre a vida e a vontade de prosseguir.

Apoio do Seconci-Rio

Sabendo da importância deste assunto, o Seconci-Rio apoia as ações de prevenção que são realizadas dentro da campanha Setembro Amarelo e alerta às empresas para que façam, em seus canteiros de obra, um movimento de reflexão entre os trabalhadores, com a promoção de grupos de discussão ou até mesmo levando palestras ou esquetes teatrais que abordem o tema.

 

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