Impacto da Selic no mercado imobiliário
A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) considera que a decisão de elevar para 7,75% ao ano a taxa básica de juros (Selic), anunciada ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, foi importante diante da necessidade de controle do processo inflacionário no Brasil. A Abrainc complementa ainda que, com essa medida, será possível estabilizar os juros futuros de longo prazo, condição essencial para o crescimento econômico do país, do setor e para a geração de empregos. Na análise de Paulo Chebat, CEO da Melhortaxa no Brasil, não há dúvidas de que o clima de incerteza instaurado pelo mercado, refletido nas sucessivas altas da Selic e da inflação, está fazendo com que os ajustes nas taxas dos bancos para o financiamento imobiliário assumam um ritmo mais acelerado.
Mas, o executivo ressalta que ainda assim, considerando a nova correção de 1,5 %, o que faz a Selic alcançar os 7,75% ao ano, persiste uma janela de oportunidade para quem planeja comprar um imóvel. “O consumidor que quer adquirir um imóvel deve se antecipar aos próximos aumentos e garantir a taxa atual”, aconselha o executivo.
Facetime imobiliário
A tecnologia está ajudando cada vez mais o mercado imobiliário. A corretora carioca de imóveis de luxo Kika Cavalcanti foi surpreendida com uma venda um tanto inusitada. Um cliente virtual agendou um tour ao vivo, por chamada de vídeo, e concretizou a compra de um apartamento de R$ 17 milhões.
Segundo Kika, essa é uma tendência do mercado de luxo. Isso porque os grandes empresários lutam contra o tempo e estão cada vez mais se rendendo ao mundo virtual. A corretora conta ainda que conquista muitos negócios também por meio do seu Instagram. A empresária afirma que é tendência do mercado a venda 100% digital, já que é possível apresentar o imóvel, fazer a assinatura da escritura e efetuar o pagamento.
O Dia